domingo, 5 de julho de 2009

SE EU MANDASSE…



Caso ocupasse um cargo político, como por exemplo o de primeiro-ministro, revogaria algumas leis correspondentes a áreas concretas da vida em sociedade. Aplicaria medidas governativas que considerasse mais fundamentais para a recuperação do país.
Neste contexto começaria por valorizar mais o sentimento geral da Nação, expondo de uma forma clara e concisa o conceito de solidariedade, desenvolvendo uma acção política que fosse aceite e compreendida pela população geral.
Procuraria que os descontos efectuados para a Segurança Social fossem consoante o ordenado auferido pelo trabalhador.
Tentaria introduzir no sistema de governação um novo conceito de dinâmicas regionais, com projectos de apoio ao desenvolvimento sustentável, possibilitando a abertura de novas perspectivas com base na exploração dos recursos internos.
Diminuiria a forma como se encontra a dependência externa relativamente às fontes de energia e alimentação.
Reformularia o sistema de processamento da justiça com via a possibilitar que a maior parte dos processos judiciais fossem resolvidos num menor tempo possível.
Reveria a actuação do fisco, isto sem pôr em causa a necessidade de justiça fiscal, pois faz sentido analisar melhor o sentido de justiça de muitas empresas e cidadãos.
Suspenderia as obras do previsto TGV, porque economicamente o país não está preparado para uma obra de tal envergadura.
Focalizaria durante alguns anos o investimento público para projectos de natureza estruturante ou da criação de projectos de reestruturação do tecido empresarial.
Reveria a legislação fiscal sobre as empresas, revogando o pagamento especial por conta, a fim de evitar tantos encerramentos.
Estabeleceria um novo regime de apoio à colocação de desempregados, efectuando acordos, tendo em vista novos projectos e criação de empresas.
Apuraria responsabilidades relativas a sobrecustos que se verificam na realização de determinadas obras públicas, onde o seu valor final muitas vezes ultrapassa o valor inicialmente estipulado.

SECÇÃO RELATIVA AO CONCEITO DE MUDANÇA


Mudam-se os tempos, Mudam-se as vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem – se algum houve – as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
e enfim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
que não se muda já como soía.


Evolução na sociedade

Neste poema de Luís de Camões podemos observar que é repetida um sem número de vezes a palavra “mudar”, esta palavra remete-nos para uma mudança constante de valores, uma evolução constante na tecnologia, nos modos de vida, enfim, uma mudança constante na sociedade. Na segunda quadra, esta ideia de constantes alterações é reforçada, a palavra “continuamente” representa aqui um advérbio de tempo que nos indica a frequência destas alterações. Contínuas, constantes, são algumas palavras entre muitas que poderíamos utilizar para caracterizar estas mudanças na sociedade, e no poema esta ideia é repetidamente reforçada, por exemplo no segundo terceto o primeiro verso diz-nos: “E, afora este mudar-se cada dia,...”, que nos remete novamente para uma ideia de continuidade nas mudanças na sociedade e no nosso mundo. Estas mudanças acontecem de uma forma gradual mas que ao longo dos tempos vai transformando completamente os valores morais, os valores culturais, entre outros.
No mundo onde vivemos, estas alterações são bastante perceptíveis e fazem-se sentir no dia-a-dia, outras vão sendo alteradas sem nós muitas vezes nos apercebermos. Se compararmos os valores existentes na sociedade moderna e nos tempos antigos, poderemos encontrar uma grande desigualdade, a rigidez dos costumes que vão sendo cada vez mais substituídos por uma atitude de descontracção, onde o mundo vai oferecendo tudo o que nós precisamos, o conforto, o dinheiro, o poder, etc. Estas regalias fazem com que toda a sociedade se vá transformando ao longo dos tempos numa sociedade de arrogância e menosprezo pelo resto do mundo.
Este mundo em tempos passados era um mundo onde a natureza predominava, a produtividade vinha precisamente desta natureza, mas os costumes e os hábitos mudam e esta sociedade que vou designar de sociedade “natural”, foi substituída por uma sociedade “artificial”, onde a poluição é uma constante, o barulho é frequente, o contacto com as pessoas vai sendo cada vez mais substituído por meios tecnológicos, que simulam uma realização momentânea e o tempo vai passando e fica esta esperança de uma evolução positiva. Esta esperança vai sendo paulatinamente perdida com os avanços tecnológicos, que fazem questão de mostrar peremptoriamente que o mundo que era, já não o é. Esta ideia é bem patente no poema onde o sujeito poético faz questão de demonstrar um sentimento de saudade pelo tempo que passou e foi substituído pelo presente. Mostra também um sentimento de mágoa talvez pelo mundo que outrora era o “seu”, actualmente é um mundo com o qual ele não se identifica.
Na segunda quadra do poema é de salientar duas palavras, que podemos relacionar e interligar, a palavra mudança e a palavra permanência, duas palavras com significados bem diferentes mas que neste poema, e mais especificamente na segunda quadra, possuem uma grande relação. A palavra mudança, que nos leva a imaginar as grandes mudanças na sociedade ao longo dos séculos, as constantes novidades que vão aparecendo, mas esta mudança remete-nos exactamente para o seu inverso, a permanência. Esta permanência está directamente relacionada com as recordações que ficam para sempre, as pessoas que serão sempre lembradas, os tempos que mudaram mas vão permanecer de forma continuada nas mentes de cada um, logo a mudança leva-nos à permanência. Sem mudança não há permanência, que por sua vez se não permanece a saudade é porque certamente não houve mudança.
No primeiro terceto, encontramos citações que o autor utiliza para diferenciar o tempo passado do presente e utiliza expressões como “verde manto” para caracterizar através da natureza aquilo em que se vai tornando o mundo. Um mundo que no passado era constituído por uma “neve fria”, vai sendo coberto por um “verde manto”, este manto no passado era neve e esta neve que, apesar de fria aparentava uma beleza impossível de recriar nos dias de hoje. Assim acontece com a sociedade, vai evoluindo através do tempo e vai transformando a sociedade numa sociedade de interesses económicos, onde cada passo em direcção à evolução significa um passo em direcção ao esquecimento da sociedade onde existia uma bela “neve fria”.
No último verso do segundo terceto, o autor faz alusão aos tempos modernos e aos antigos através de expressões que fazem questão de vincar o sentimento humano em relação a cada um deles. O “choro” consequência do “verde manto”, e dos tempos modernos que originam uma saudade daquilo que o mundo foi e já não é, por sua vez o “doce canto” que existia nos tempos passados, remete-nos para uma felicidade que existia e actualmente é substituída, através de novos meios tecnológicos, por interesses económicos. Estas expressões, caracterizam profundamente qual o sentimento do autor em relação a estes dois tempos distintos, o passado e o moderno
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CLONAGEM HUMANA

“A ciência e as controvérsias públicas”

A clonagem humana corresponde à recombinação entre moléculas de DNA de diferentes organismos, sendo permitido a partir daqui, replicar-se para produzir numerosas cópias do DNA.
A Clonagem humana é a produção de indivíduos geneticamente iguais.
Esta questão despertou a sociedade humana para os problemas éticos envolvidos na experimentação científica, levantando dúvidas sobre até que ponto a investigação deve ser libertada da consciência ético-moral.
A polémica gera-se em torno da clonagem de células do ser humano, reproduzindo assim um novo ser com identidade destruída, sendo estes considerados únicos e irrepetíveis, pois em termos múltiplos são considerados sem dignidade humana.
Este problema revela a problemática da preservação da natureza e do respeito pelos direitos humanos. Mas se por um lado se defende a individualidade, pois cada ser é único e insubstituível, por outro lado a clonagem vista de uma forma terapêutica seria bastante vantajosa para a medicina, ao permitir a clonagem de órgãos para transplante, o que poderia vir a possibilitar a cura de várias doenças existentes no ser humano.
Ao combinar-se a tecnologia da clonagem com a tecnologia do crescimento de células germinativas humanas, seria possível tratar doenças crónicas como o Alzheimer, Parkison, a reversão de ataques de coração, entre outras.
A nossa posição relativa à questão da clonagem é uma posição controversa, pois embora aceitemos o desenvolvimento de pesquisas no âmbito da clonagem terapêutica, uma vez que as possibilidades de cura de determinadas doenças são infindáveis e sem este avanço a ciência pode ficar impossibilitada de investigar, por outro lado em relação à clonagem reprodutiva somos contra pois achamos que a sociedade não está preparada a nível ético e moral para aceitar a inclusão do outro.

DEPRESSÃO E SUICÍDIO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA


Ver artigo completo em
Síntese do artigo e sua importância para a humanidade

O artigo fala-nos de um problema que nos dias de hoje se observa com muita frequência: a depressão e o suicídio na infância e na adolescência.
Este problema pode advir de determinados factores biológicos ou sociais e da forma como as crianças ou adolescentes demonstram capacidade em solucionar os problemas perante a vida.
Esta problemática pode começar logo na gestação, quando esta não é bem aceite por parte dos pais e que com o desenvolvimento do feto se vai manifestando numa constante rejeição. Ao sentirem-se rejeitados estes seres vão criando em si características de dualidade. Se por um lado querem demonstrar que a sua existência é importante, por outro lado sentem-se incapazes de corresponder às expectativas em relação aos outros.
Assim, passam a ter pensamentos auto destrutivos, como a apresentação de uma baixa auto-estima, um aspecto triste, falta de comunicabilidade, irritabilidade, entre outros. A sua mente chega a um ponto em que deixam de discernir o que é bom e o que é mau e começam a pensar em auto destruir-se, começando muitas vezes pela mutilação, consumo de drogas, entre outras.
Aqui o papel dos pais torna-se relevante, pois há que estar atento a todos os sinais indicadores, por mais pequenos que estes sejam, pois podem demonstrar que algo está errado.
Basta estarem atentos a sinais como a alteração do desempenho escolar, desleixo na aparência, apatia, ausência de relações afectivas, conduta agressiva, distúrbios do apetite, entre outros. No entanto existem outros factores que podem levar a este tipo de situações como é o caso da separação dos pais, a morte de um familiar ou amigo, pois o afastamento de alguém querido pode levar a que a criança ou adolescente comece a sentir-se num contexto não incluso.
Assim, os pais ao aperceberem-se que a comunicabilidade se tornou quase imperceptível, há que tomar consciência que esta criança ou adolescente pode necessitar de uma ajuda terapêutica. Por isso a necessidade de procurar um psicólogo ou psiquiatra que consiga através da terapia, numa forma que a criança ou adolescente seja questionado e consiga reflectir, para que assim haja a possibilidade da diminuição das consequências tanto para a saúde, como para a integridade física da qualidade de vida e que possibilite a conquista da sua felicidade.
Com a ajuda destes profissionais muitas vezes é possível identificar a distinção entre o que se chama de passagem do acto ao acto em si. É por isso importante que a criança ou adolescente seja auto analisado, enquanto ainda se encontra na fase da passagem do acto, porque muitas das vezes, depois de passar ao acto em si, este mostra-se em grande parte irreversível, já não havendo solução, uma vez que o acto é consumado.
Conclui-se portanto, que este é um problema que pode surgir a partir de uma rejeição, passando por toda uma história familiar negativa ou à perda de alguém importante. É necessário estar atento a qualquer alteração da criança ou jovem, por mais insignificante que possa parecer, pois a partir desta pequena insignificância pode desenrolar-se todo um processo suicida com consequências irreparáveis. Só ao estarmos bem atentos podemos ajudar a resolver este tipo de problemas que trazem sequelas graves para a humanidade
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INVENÇÃO DOS ÚLTIMOS SÉCULOS



Avião

Inventor: Alberto Santos Dumont

O Pai da aviação, inventor do avião e do relógio de pulso, Alberto Santos Dumont é um dos homens mais inteligentes do século passado. Nasceu a 20 de Julho de 1873 em Santa Luzia do Rio das Velhas, Minas Gerais, hoje cidade de Santos Dumont.
O avião veio permitir a rápida deslocação de pessoas e bens por todo o planeta. Nas últimas décadas, o avião foi o meio de transporte que mais contribuiu para a diminuição da relação distância tempo, sendo assim considerado um dos principais meios de transporte de passageiros e mercadorias.


Imprensa

Inventor: Johannes Gutenberg


Imprensa: sem dúvida, ao lado da energia eléctrica, essa foi a invenção mais poderosa e influente de todas, pelo alemão Johannes Gutenberg, em 1462. Antes dela, o conhecimento ficava restrito à pequena elite de religiosos, políticos, intelectuais, e pessoas ricas que tinham acesso aos livros manuscritos. A imprensa também tornou possível o ensino básico e revolucionou a ciência, através das revistas; a comunicação social de massa, através dos jornais e folhetos, e até a religião, através da Bíblia, o primeiro livro impresso.
A imprensa teve muita importância para o desenvolvimento cultural da humanidade. O seu aparecimento permitiu que os livros que no passado eram escritos à mão, passassem a ser feitos em série e de um processo manual passou-se para as máquinas, que rapidamente imprimem milhões de livros, jornais e revistas. A imprensa veio desta forma transformar-se num importante veículo de informação e educação, teve por isso um impacto notável para a humanidade, uma vez que permitiu uma possível transmissão rápida de notícias e informações para a maioria das pessoas.
Assim, podemos dizer que essa foi a "mãe" de todas as outras invenções importantes do milénio, pois influenciou-as indirectamente, ao possibilitar o enorme crescimento da ciência e das tecnologias.






Electricidade

Inventor: Thomas Alva Edison


Energia eléctrica: Desenvolvida prodigiosamente a partir da invenção revolucionária da lâmpada eléctrica de filamento, pelo prolífico inventor americano Thomas Alva Edison, em 1879 (uma inovação tão simples e omnipresente que muita gente não imagina o impacto que teve sobre a humanidade). A distribuição da energia eléctrica praticamente transformou uma sociedade que vivia e trabalhava apenas durante o dia, numa sociedade que funciona 24 horas por dia. Imaginem o que isso significa em termos de expansão das oportunidades educacionais, de trabalho e de lazer. Criou-se um sector industrial totalmente novo, que teve como motivação original a iluminação pública, mas que posteriormente passou a influenciar todos os sectores da actividade humana (inclusive as demais invenções de impacto do milénio, que funcionam à base de electricidade), envolvendo movimento, calor, propulsão, transmissão de informações, computação, etc.




Telefone

Inventor: Alexander Graham Bell

Historicamente é considerado o inventor do telefone. Contudo existem indícios que apontam como legítimo inventor Antonio Meucci (então pode ser considerado o aperfeiçoador do telefone), facto que foi reconhecido postumamente em 11 de Junho de 2002 quando o Congresso dos Estados Unidos aprovou a resolução No. 269, na qual se reconheceu como o inventor do telefone.
Este aparelho permitiu a conversação à distância. O seu aperfeiçoamento ao longo dos tempos possibilitou fazer chamadas locais, interurbanas e internacionais. Hoje em dia é um bem indispensável sob a forma de telemóvel que nos permite comunicar para qualquer parte do mundo em escassos segundos de tempo. Hoje em dia seria impensável viver sem este tipo de comunicação.





Antibióticos

Inventor: Alexander Fleming

Antibióticos: De todas as descobertas voltadas ao bem-estar humano, esta foi a que transformou mais profundamente a nossa história, ao livrar-nos da maioria das infecções bacterianas que provocavam grande mortalidade no passado, como a tuberculose, a pneumonia, a meningite, a sífilis, a crupe, a gangrena, e outras. A partir da penicilina, descoberta ao acaso pelo médico inglês Alexander Fleming, em 1928, tornou-se uma grande indústria na Segunda Guerra Mundial. O médico e divulgador americano Charles Thomas, em seu livro "The Last Science", disse que a medicina só se tornou ciência verdadeira a partir dos antibióticos.
A descoberta dos antibióticos representou um dos maiores avanços da história da Medicina. Antes desta descoberta, qualquer infecção, por mais inocente que pudesse parecer de início, podia transformar-se numa infecção grave, muitas vezes com consequências fatais.



Microondas


Inventor: Percy Lebaron

O microondas foi inventado nos Estados Unidos pelo engenheiro Percy Lebaron Spencer, em 1946, mas em 1939 cientistas ingleses e americanos já tinham tido ideia semelhante.
O engenheiro Percy Lebaron saiu de casa para o seu laboratório para testar um magnetron, um equipamento electrónico gerador de microondas composto por ânodo cilíndrico e ranhuras que estão fixas no eixo do cátodo de aquecimento. Quanto mais ranhuras maior o seu rendimento. A certo momento resolveu comer um chocolate que tinha no bolso, mas o chocolate estava derretido, supôs então que o chocolate tinha ficado muito próximo do tubo de magnetron.
Foi então que teve mais curiosidade e foi testando os alimentos em frente ao tubo de magnetron. Um desses alimentos foi um ovo dentro de um recipiente. Um colega seu teve tanta curiosidade que se aproximou demasiado do recipiente e nesse instante o ovo explodiu, porque o ovo tinha cozido e rebentou devido à pressão. Depois destas experiências resolveu então desenvolver um equipamento electrónico que cozinhasse alimentos. E foi assim que surgiu o primeiro microondas, mas só em 1953 teve sucesso.
Este equipamento veio permitir à sociedade uma rápida confecção e aquecimento dos alimentos e hoje em dia é muito raro não encontrar este equipamento nas nossas cozinhas

AS ETAPAS DO MÉTODO CIENTÍFICO

Para oferecer uma nova prova de que não existe um método único de "fazer" ciência, diferentes fontes descrevem as etapas do método científico de maneiras diversas. Algumas delas mencionam três etapas, outras apenas duas. Em termos fundamentais, porém, elas incorporam os mesmos conceitos e princípios. Diremos que existem cinco etapas fundamentais no método científico.

De uma forma genérica, o método científico consiste nos seguintes passos:
1. Desenvolvimento do problema (definição e delimitação do problema): uma pergunta, por exemplo.
2. Formulação de uma hipótese: a possível resposta para a pergunta com base em informações anteriores.
3. Recolha de dados (informação): colecta de informações relevantes para responder à pergunta formulada.
4. Análise e interpretação dos resultados: verificação se a resposta obtida é satisfatória.



A essência da Ciência é a validação através da observação, por isso é de fundamental importância o método científico dentro da Ciência. Nenhuma teoria pode ser provada, ela só pode ser validada, pois mesmo depois de mil experiências que produzam resultados consistentes com uma teoria científica, basta uma, apenas uma, que resulte contrária para derrubar uma teoria científica. Por estranho que pareça, uma teoria científica é uma teoria que em tese pode ser falsificada. Por exemplo, a afirmação "O pai Natal existe" não é uma "teoria científica" no sentido que não pode ser falsificada, portanto não pertence ao domínio da Ciência o estudo de tais afirmações.
A ciência revolucionou o mundo, e o Homem já não abdica dela, pode-se confirmar que habitamos numa sociedade em que a tecnologia e a ciência se relacionam de tal forma que se tornam indissociáveis; diz-se por isso e claramente que “toda a ciência é, na verdade tecnociência”.
A sociedade tecnocientífica é uma sociedade completamente aberta à ciência e bastante técnica. Recorrendo a vários tipos de engenhos dá origem a grandes e importantes mudanças no dia-a-dia de toda a civilização.
A tecnologia parte, no entanto de acesas discussões acerca dos seus benefícios e das suas desvantagens, e é evidente que o progresso tecnológico-científico tem sido muito necessário para o desenvolvimento da nossa sociedade. É justamente devido ao conhecimento obtido que o ser humano pode hoje “louvar” o conseguir contornar e terminar com muitas das doenças, controlar a mecânica, a electrónica, a informática e até um dos mais completos e complexos meios de informação, que é a Internet. Num futuro próximo, a avaliação de uma mera gota de sangue irá permitir prever a predisposição de um indivíduo para desenvolver determinada doença. É notavelmente um motivo de orgulho, entre muitas outras coisas.
É de sublinhar que “o avanço da tecnologia é importante, porém é necessário que tenhamos consciência do que estamos a criar e para que isto está a ser feito”, ainda para mais, quando há a consciência de que a Tecnociência é “responsável” por certas questões que atormentam a civilização no actual momento histórico de hegemonia. É devido a isso que se diz que todos estes progressos científicos são bastante ambíguos, uma vez que se pode remeter quer para o bem, quer para o mal, quer na melhoria da felicidade como no agravamento dos contratempos.
O desenvolvimento da tecnociência ofereceu a essência para vários veículos motorizados, gerou bastantes indústrias, criou armas nucleares e biológicas de grande potencial. As consequências de tais avanços foram o ter permitido mais mobilidade mas ao mesmo tempo a degradação do ambiente, o esgotamento dos recursos naturais, as desigualdades no poder, do domínio sobre tudo e na ganância. A comunidade científica deliberou um exame de consciência em que o resultado equivaleu a um desdobramento da diferença alheia entre a tecnologia e a ciência.
Existe um elemento negativo que é importante referir e que está patente na nossa sociedade, aquilo a que se chama o custo de oportunidade, ou seja, por exemplo a deliberação de adquirir um computador por parte da uma família pode parecer racional se relacionada separadamente, mas não se a família estiver em dificuldades financeiras e tiver de deixar de comprar os alimentos para ter um computador, uma situação análoga à tecnociência, pode-se pensar acerca do quão sensato não seria aplicável aos recursos destinados à exploração da alta tecnologia, que em grande parte dos casos são acessíveis às classes mais ricas, na remoção das causas das questões de saúde da grande maioria pobre da população mundial.
A criatividade e o dinamismo do ser humano têm vindo a ser ameaçadas mediante a utilização de máquinas, assim como pelas nossas atitudes deliberadas de forma mecânica. Hoje em dia, já não intervimos da forma que se acha ser melhor, mas da maneira que nos é imposta como sendo a mais correcta.
É então preciso que sejam aplicados alguns limites políticos assim como éticos, que possam vir a administrar a força da tecnociência. A comunidade técnica acarta consigo um dever metafísico, “desde que o homem se tornou perigoso, não apenas para ele mesmo, mas para toda a biosfera”.
E a renovação da relação de simbiose estabelecida por homem/natureza é dos primeiros passos a ser dado perante a arquitectura do mal perpetrada por intelectos teórico-práticos.

"No dia 26 de Abril de 1986, o reactor nº 4 da central nuclear de Chernobyl na Ucrânia, explodiu.
Quinze anos mais tarde, a população ucraniana continua a pagar uma factura pesada pela maior catástrofe nuclear civil de todos os tempos.
De uma maneira geral, observa-se um aumento nítido dos cancros da tiróide nas crianças que vivem nas proximidades da central. Entre os adultos, o aumento do número de cancros não parece, de momento, tão significativo. Todavia, as consequências para a saúde humana deste acidente estão longe de ter sido completamente avaliadas. Além disso, cerca de quatro milhões de pessoas vivem ainda em áreas que apresentam níveis de radioactividade superiores ao normal. (…)"


O cientista tem o papel de informar o público, criar uma opinião pública. O seu conhecimento científico deveria ser compartilhado preferencialmente com o público, pois será ele quem irá receber, mesmo que de maneira passiva, os frutos destes trabalhos.
Ao entender o cientista como um ser social tal como qualquer outro, sem dividir em degraus a hierarquia do saber, fica mais fácil actuar. O cientista, entendendo o papel que ele tem na sociedade como mais um membro e, com uma importância diferenciada, talvez entenda que esteja nas mãos desta “elite científica” o rumo para a mudança mundial. O cientista tem um compromisso com a sociedade e, por isso, tem o dever de prestar contas do seu trabalho. A sociedade é quem financia, motiva e é uma das bases para o desenvolvimento de um projecto de pesquisa científica. A sociedade é quem vai decidir se adoptará ou não a tecnologia, ou o seu produto final, seja qual for, gerado pelo pesquisador.
Por outro lado, na complexa relação entre o cientista e a sociedade, deveríamos incluir o papel das instituições científicas, a quem, a meu ver, cabe mais do que ao cientista a responsabilidade política do bom ou mau uso dos avanços e descobertas científicas. As instituições são, em última análise, as responsáveis pelo uso ponderado dos recursos e pelas avaliações dos resultados e seu significado. É a elas que os governos e a sociedade atribuem a responsabilidade pelo impacto de tudo aquilo que ocorre nos laboratórios que levam o seu nome.

ALGUMAS TÉCNICAS E MÉTODOS CIENTÍFICOS



Cada área específica da Ciência possui o seu próprio Método, porém há algo em comum entre elas, que pode ser chamado de Metodologia Científica, entendida como uma estrutura geral que se aplica a qualquer procedimento tido como científico.
O Método Científico é o instrumento da Metodologia Científica. Numa definição em sentido amplo, Metodologia Científica é o estudo dos métodos de conhecer.
O trabalho científico é um conjunto de actividades que busca um determinado conhecimento.
Quando se faz uma pesquisa científica, nós fazemos actividades de identificação, reunião, tratamento, análise, interpretação e apresentação de informações para satisfazer certa finalidade.
Cada ciência busca a clareza (não gera ambiguidades), a precisão (adequação das ideias), e a objectividade (não se deixa afectar por crenças, desejos e valores).
Para que estas actividades se desenvolvam e também para que sejam divulgadas com eficiência, é preciso que sejam organizadas, sistematizadas. Assim, a eficiência de um trabalho científico depende de métodos e técnicas.
Então, num sentido mais estrito, a Metodologia Científica, como estudo dos procedimentos e técnicas da investigação e trabalho científicos, é o conjunto de definições, procedimentos, rotinas, métodos e técnicas utilizadas para a obtenção e apresentação das informações desejadas.
Assim, a metodologia científica ensina desde como fazer uma pesquisa bibliográfica, a ler e analisar os textos, resumos, ou seja, como fazer o próprio trabalho intelectual sobre o tema, até a como expor o trabalho feito, colocá-lo no papel, e divulgá-lo nos meios de publicação científicas, ou seja, escrever um artigo sobre o trabalho, publicá-lo num congresso profissional, até mesmo como escrever um livro.
Em geral, os cientistas recolhem dados, tanto qualitativos quanto quantitativos, que contribuem igualmente para o conhecimento aglomerado de um determinado tópico. Por outras palavras, os dados quantitativos não são mais importantes ou mais valiosos porque se baseiam em medições precisas [fonte: Audubon].

A CIÊNCIA



A palavra ciência (do Latim scientia, significa "conhecimento") refere-se a qualquer conhecimento ou prática sistemática. Num sentido mais restrito, ciência refere-se a um sistema de aquisição de conhecimento baseado no método científico, assim como ao corpo organizado de conhecimento conseguido através de tal pesquisa. É muitas vezes referida como ciência experimental para diferenciá-la da ciência aplicada, que é a aplicação da pesquisa científica a necessidades humanas específicas, embora as duas estejam regularmente relacionadas.

A palavra Ciência pode referir-se a:


  • Investigação racional ou estudo da natureza, direccionada à descoberta da verdade. Essa investigação é normalmente metódica, ou de acordo com o método científico - um processo de avaliar o conhecimento empírico;

  • O corpo organizado de conhecimentos adquiridos por estudos e pesquisas. Conhecimento ou sistema de conhecimentos que abarca verdades gerais ou a operação de leis gerais especialmente obtidas e testadas através do método científico.

As áreas da ciência podem ser classificadas em três grandes dimensões:

Ciências Formais: inclui a Lógica e a Matemática Pura (o desenvolvimento de teorias) versus Aplicada (a aplicação de teorias às necessidades humanas); ou Natural (o estudo do mundo natural) versus Social (o estudo do comportamento humano e da sociedade).

Menos formalmente, a palavra ciência geralmente abrange qualquer campo sistemático de estudo ou o conhecimento obtido a partir desse.

BIOGRAFIA DE EGAS MONIZ


António Egas Moniz nasceu em Avança, Concelho de Estarreja, em 29 de Novembro de 1874. O nome de nascimento foi António Caetano de Abreu Freire, porque seu tio e padrinho, viria mais tarde a insistir para que o seu apelido fosse alterado para Egas Moniz, em virtude da sua família descender em linha directa de Egas Moniz, o aio de Dom Afonso Henriques.
Completou a instrução primária na escola do padre José Ramos e o curso do liceu no Colégio de S. Fiel, dos Jesuítas. Formou-se na Universidade de Coimbra em Medicina onde viria a ser professor de anatomia e fisiologia.
Foi transferido para a Universidade de Lisboa em 1911, dando aulas de Neurologia como professor Catedrático. Jubilou-se em Fevereiro de 1944.
Em 1950 é fundado, no Hospital Júlio de Matos, o Centro de Estudos Egas Moniz, do qual foi presidente. Um ano depois, esse mesmo centro é transferido para o serviço de Neurologia do Hospital de Santa Maria, actualmente ainda em funcionamento, no qual também existe um Museu do Cientista.
Egas Moniz contribuiu decisivamente, para o desenvolvimento da medicina ao conseguir, pela primeira vez, dar visibilidade às artérias do cérebro. Após longas experiências com raios X, descobriu a Angiografia Cerebral, que tornou possível localizar neoplasias e hematomas no cérebro humano, e abriu novos caminhos para a cirurgia cerebral.
As suas descobertas clínicas foram reconhecidas pelos grandes Neurologistas da época, que admiraram a perspicácia das suas análises e observações.
Os trabalhos que desenvolveram sobre Angiografia Cerebral foram premiados pela faculdade de Medicina de Oslo, (Suécia) em 1954. Quatro anos depois, foi galardoado pela Academia Sueca com o Prémio Nobel da Medicina, pela descoberta da relevância da Leucotomia pré-frontal no tratamento de certas doenças mentais.
Egas Moniz teve um papel activo na vida política. No regime de Sidónio Pais, durante o qual exerceu funções de Embaixador de Portugal em Madrid (1917) e Ministro dos Negócios Estrangeiros (1918).
Foi escritor e autor de uma notável obra literária, de onde se destacam as obras “A nossa casa” e “Confidências de um Investigador Cientifico”.
Foi um Português notável: foi médico, neurologista, investigador, político e escritor. Faleceu em Lisboa, a 13 de Dezembro de 1955.

CRÍTICA AO FILME FILADÉLFIA




Esta foi uma das obras que melhor retratou a SIDA (ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e todas as suas dificuldades. Filadélfia trouxe à tona todas as discriminações sofridas pelos seropositivos e homossexuais.
Andrew Beckett (Tom Hanks) é um excelente advogado, que trabalha num escritório de juristas de grande prestígio em Filadélfia. Sendo homossexual e portador de sida acaba por ser discriminado por parte da firma onde exerce a sua profissão, como advogado.
Neste filme observamos todos os acontecimentos que sucedem após esta constatação, apesar de o filme ser protagonizado nos Estados Unidos, berço da Declaração da Independência americana, que primava pela liberdade e tantos outros preceitos, entre eles a dignidade e a igualdade, nem por isso deixa de retratar um problema que surgiu naquela época. E é aí que habita a grande e minuciosa mensagem do filme: a falta de tratamento igual e a discriminação contra as pessoas de diferentes escolhas ou opções, até mesmo no local onde isso foi contestado e contraposto com tanta intensidade, intrepidez e até mesmo obstinação.
Filadélfia é um filme simples e objectivo em que a ideia abordada é única e irredutível: tratar dos preconceitos. Não se limita a focar unicamente o problema da SIDA, muito pelo contrário, a obra abrange também, com firmeza e esclarecimento, a homofobia e, em algumas cenas, o racismo.
Este filme trouxe ao mundo, com toda a certeza, uma visão mais esclarecida sobre a SIDA, tema que, na época, era pouco conhecido ou, pelo menos, com o qual se tinha uma preocupação muito menor. Percebemos isso quando nos deparamos com o medo de contaminação pelo toque e, até mesmo, pelo próprio ar. Além do mais, conseguimos vivenciar todos os medos de Andy, que, movido pelo carácter e rectidão, busca justiça. O que é verdade é que a vida é uma sentença de morte e a SIDA torna-se um catalisador que acelera esta sentença: Andrew fica pior e mais fraco a cada dia, o que faz com que tenhamos, de certa maneira, alguma compaixão por ele.
Outro tema tratado durante a projecção inteira é a homofobia, o horror aos homossexuais é apresentado de uma forma tão perspicaz, que nos mostra como tal atitude é deplorável, e digna de piedade. Contudo, se tal contexto fosse inserido nos dias actuais, perceberíamos que os comportamentos não são muito diferentes.
Neste filme é de destacar o papel do actor Tom Hanks, o melhor actor revelado, nos últimos vinte e cinco anos, pelo menos. Ele actua de uma maneira convicta e maravilhosa em Filadélfia, tanto é que o papel lhe rendeu um Óscar. Andy é retratado com tanto brilhantismo, que nos encorajamos a entrar na sua batalha judicial, sem nos apercebermos sofremos tudo o que ele sofre ao longo do desgaste que a SIDA lhe traz e emocionamo-nos a cada cena angustiante suportada pela personagem. Auxiliado por uma maquilhagem de primeira, as expressões do actor, tanto corporais e faciais, como ao que se refere à maneira de falar, são tão verdadeiras e sinceras, que trazem uma reflexão ainda maior ao caso em questão. Denzel Washington também merece algum destaque pois o que é certo é que no papel não é perfeito, mas é sincero. Faz de um duro e sarcástico advogado que, contudo, sabe portar-se em situações sérias. E para acompanhar o filme Bruce Springsteen, o músico americano expõe todo o seu talento ao compor "Streets of Philadelphia" que é uma canção simplesmente mágica, esta, premiada com um Óscar, revela todos os sentimentos do filme, a depressão, tristeza e solidão da personagem principal.
Na minha opinião, a longa cena da ópera é o aspecto mais negativo por ser muito extensa e monótona. Desse modo, não causa o impacto que deveria e parece bloquear um pouco o filme.
Muito mais do que ataque ao capitalismo ou vitimização dos seropositivos, este filme aborda os preconceitos, seja quais forem as situações em que ocorram. Bem mais profundo e prudente, e longe de querer manifestar qualquer outro interesse ele sugere o quão importante é a igualdade entre os homens no sentido universal da palavra, seja aos seropositivos, entre raças, orientação sexual ou qualquer circunstância que trate das diferenças, o uso da ponderação e do bom senso é iminente.
Para concluir, importa dizer que o filme Filadélfia apresenta um tema inovador, a SIDA, não como relato médico, o qual descreveria sobre a debilidade dos linfócitos e de todo o sistema imunológico permitindo que uma série de doenças adviessem, mas como síndrome que enfraquece o indivíduo e o mata fisicamente, e que o preconceito e a humilhação a ele direccionados são tão degradantes que causam uma morte ainda mais preocupante: a morte social.

AUTOBIOGRAFIA DO ENIAC

Eu nasci a 14 de Fevereiro de 1946 na Universidade da Pensilvânia. Fui patenteado a 26 de Junho de 1947 com o registo nº3,120,606. A minha mãe é Felismina Ciência e os meus pais são os cientistas John Eckert, pai efectivo e John Mauchly, pai biológico. O meu nome é ENIAC.
Eu fui, sem dúvida, o mais famoso da época em que nasci. Sou composto por 17,468 válvulas e ocupo várias salas. Sou uma máquina enorme de 30 toneladas, tenho 5,50m de altura e 25m de comprimento. Apesar do meu tamanho, o meu processamento é ridículo para os padrões de agora, processo apenas 5.000 edições, 357 multiplicações e 38 divisões por segundo, muito menos que uma calculadora de bolso.
Quando estou a trabalhar produzo tanto calor que necessito de um sistema de ar para arrefecer, por ser obeso.
Torno difícil a vida dos programadores, porque o meu processamento é feito através de 6.000 chaves manuais. A cada novo cálculo é preciso reprogramar várias das chaves. Isso sem falar no resultado que dou de forma binária através de um conjunto de luzes.
Não é à toa que a maior parte dos programadores são mulheres, só mesmo elas para terem a paciência necessária para programar e reprogramar esse labirinto de chaves várias vezes ao dia.
Quando era jovem, o meu sonho era realizar vários tipos de cálculos de artilharia para ajudar as tropas aliadas durante a Segunda Guerra Mundial. A minha vida não foi muito atribulada, depois do final da guerra acabei por contribuir no projecto da bomba de Hidrogénio.
Mas na idade de reforma tornei-me obsoleto e contraí algumas doenças, uma delas foi um vírus fatal que me levou à morte. O meu corpo foi doado, sendo os meus órgãos repartidos por vários museus do mundo, incluindo o Smithsoniar em Washington DC e no local onde nasci, na Moore School for Electrical Engineering.
A minha existência serviu de inspiração para muitos dos meus irmãos que nasceram nos anos seguintes.